quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Ex-Cream, veterano Jack Bruce faz show em SP

Baixista da lendária banda Cream
nos anos 1960, ao lado do guitarrista
Eric Clapton e do baterista Ginger
Baker, o escocês Jack Bruce, hoje
com 69 anos, agora só gosta de
agitação em cima do palco. "Prefiro
ficar na minha casa, tocando meus
instrumentos e cuidando dos meus
cavalos", confessa Bruce, que se
apresenta nesta quarta-feira no
Teatro Bradesco, às 21h.
Apesar de preferir ficar quieto no seu
canto, numa casa no meio do mato,
ao norte de Londres, o músico vai,
com frequência, aos EUA e ao Japão,
onde tem amigos. "Até falo um
pouquinho de japonês", gaba-se.
"Não sei por que até hoje não fui ao
Brasil. Essa é uma boa pergunta",
conta ele à reportagem, em uma
conversa por telefone direto da
Inglaterra. Com simpatia pelo País,
Bruce diz que conhece pouco da
música daqui. "Você vai ter de me
dizer o que há de bom por aí agora.
Conheço um pouco de Villa-Lobos e
Tom Jobim. Eles são um presente
para o mundo."
Em seu show em São Paulo, o
baixista diz que hits do Cream, como
"Sunshine of Your Love", estarão no
repertório. "Também tocarei músicas
da minha carreira solo." Ele garante
que os fãs não pegam no pé dele por
ter dado fim à banca dois anos após
a fundação, em 1966. "Isso foi há
muito tempo. Já nos reunimos em
shows", minimiza ele, que, em 2005,
fez uma turnê com os antigos
companheiros e registrou tudo em
CD e DVD. De riso fácil, ele volta a
ser menino quando questionado
sobre a relação com Eric Clapton.
"Nós moramos na mesma casa.
Brincadeira... Eu quase não o vejo,
porque somos muito ocupados."
Jack Bruce nunca parou quieto em
grupos musicais. Com uma lista de
parceiros que inclui nomes como
Frank Zappa (1940-1993), ele já
declinou um convite para tocar na
banda de Marvin Gaye (1939-1984).
"Eu queria me casar, não dava, era
muito complicado. Não me
arrependo de nada", afirma.
Quando não está fazendo shows
pelo mundo, o músico faz novas
composições em casa, com os filhos.
"Um deles é um ótimo baterista, o
outro, pianista. Minha filha é
cantora, faz uns reggaes." Bruce
também costuma dar uma forcinha
a músicos iniciantes. "Às vezes, toco
músicas com os jovens para ajudá-
los", conta ele, que costuma receber
CDs e até visitas de desconhecidos,
que batem à sua porta para mostrar
seus trabalhos. Com um título
honorário de doutor da Glasgow
Caledonian University, ele afirma, no
entanto, que não tem vontade de dar
aulas. "Não sou bom professor, não
tenho paciência." As informações
são do Jornal da Tarde.
JACK BRUCE
Teatro Bradesco (Rua Turiassu,
2.100 - 3.° piso do Shopping
Bourbon). Tel. (011) 4003-1212.
Ingressos: R$ 100 a R$ 250. Quarta,
às 21h.

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