A prefeitura deBauru(SP) vai avaliar os desvios do programa de nutrição e suplementação alimentar, que fornece leite de alto custo a crianças e adolescentes em condições especiais.Na sexta-feira (10) a mãe de um dos beneficiados foi detida em flagrante quando comercializava as latas recebidas gratuitamente. A produção doTEM Notíciasvinha acompanhando há um mês a compra e venda ilegal do leite.A venda clandestina é feita pela internet. Nas redes sociais, as mães oferecem o leite especial pela metade do preço. Para comprar, basta entrar em contato com as vendedoras. Por telefone, a mulher explica que vende as latas porque o filho não precisa mais do leite especial.
Na última sexta-feira (10), uma dona de casa que tem uma filha de 11 meses beneficiada pelo programa foi detida enquanto negociava 12 latas do leite de alto custo que, segundo a prefeitura, ela pegou no último dia 30 de setembro para alimentar a criança. Mas por R$ 220 vendeu quase todas as latas que recebeu. A polícia acompanhou toda a negociação e a mulher foi detida e levada para a delegacia.Só em Bauru, mais de 1700 crianças, que nasceram ou estão abaixo do peso, deveriam ser beneficiadas com o programa de distribuição de leite da prefeitura. Por mês, quase 23 mil latas de leite especial são distribuídas de graça para as famílias. Segundo a polícia, quem vende e quem compra estão cometendo crime.
As pessoas que tenham essas latas de leite em depósito em suas residências façam a restituição para a municipalidade, pois, caso contrário, poderão ser autuadas em flagrante pelo crime de apropriação indébita. E quem adquirir esse produto de terceiro,sabendo que a origem é ilícita também pode ser preso pelo crime de receptação”, explica o delegado Kléber Granja.
A mãe que foi detida prestou depoimento à polícia e vai responder a processo em liberdade. Em nota, a prefeitura informou que a entrega de leite especial é feita mediante ao cumprimento de exigências do programa para crianças que necessitem de acompanhamento nutricional. A prefeitura reforçou ainda que vai acionar os órgãos competentes para as providências legais.
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