No dia mais quente de outubro, o Corpo de Bombeiros recebeu vários chamados durante todo o dia, nesta segunda-feira (13), para combater focos de incêndio emSão Paulo, principalmente na Serra da Canteira e em outras matas da região da Zona Norte da capital.A corporação recebeu um chamado de foco de incêndio a cada 8,5 minutos em todo o estado de São Paulo, segundo os bombeiros. Desde junho, foram registradas393 ocorrências deste tipo, informou o SPTV. E, em todo o estado, nos últimos quatro meses, a área de vegetação destruída corresponde a 32 mil campos de futebol.Os bombeiros tiveram de recorrer ao helicóptero Águia, da Polícia Militar, para combater um dos focos de incêndio na Cantareira. Com o auxílio de um cesto, o aparelho recolhia água de um lago quase seco, localizado próximo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, e a despejava no foco de incêndio. A maior dificuldade é acessar os locais dos focos, muitas vezes inacessíveis por terra.Para evitar as queimadas neste período de estiagem, os bombeiros recomendam que não se jogue bitucas de cigarros na estrada ou grandes avenidas e nem que se deposite lixo, principalmente vidro, em terrenos baldios.
O calor de 35,9ºC registrado nesta segunda-feira foi a temperatura mais alta verificada na cidade de São Paulo neste mês de outubro. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a marca foi alcançada por volta das 15h na estação oficial no Mirante de Santana, na Zona Norte. A umidade relativa do ar chegou a 13%.O recorde de temperatura do ano aconteceu no dia 7 de fevereiro, quando os termômetros registraram 36,4°C. O recorde absoluto foi em janeiro de 1999, quandofoi registrado 37,7°C.Além da medição oficial usada em comparativos históricos, realizada sempre pelo Inmet em Santana, o calor na capital também foi medido em outros bairros pelo o Centro Gerenciamento de Emergências (CGE), órgão da Prefeitura de São Paulo.O CGE verificou máxima de 37,8°C na região do Jaçanã-Tremembé, também na Zona Norte. A sensação térmica chegou a 39%.
Segundo a meteorologista do Inmet Helena Balbino, não há previsão de chuvas para os próximos dias. Uma frente de instabilidade que chega à atmosfera nesta quarta-feira (15) deve melhorar a qualidade do ar, mas não tem força para gerar precipitações."A previsão é de que passe a ter um pouco mais de instabilidade na atmosfera que, se tivesse menos seca, provocaria chuva. Como não está, só terá mais umidade”, diz.Helena explica que as temperaturas não devem baixar tão cedo. “Tem previsão de muito calor, tem um bloqueio atmosférico que está causando isso”, afirma Helena Balbino.
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