O superintendente da Eletronorte no Amapá, Marcos Drago, afirmou nesta terça-feira (14) que o Amapá atingiu o limite de fornecimento de energia elétrica. A situação é um dos motivos causadores dos constantes desligamentos de energia na capital e no interior. Segundo Drago, a demanda de consumidores está no limite em relação a quantidade de energia que é produzida pelos sistemas de geração.
Para levar energia aos 16 municípios do estado, Drago diz que a Eletronorte teria que produzir em média 286 megawatts (MW) nos sistemas de geração. Mas, devido a estiagem na região do Amapá, ele fala que em alguns sistemas, a produção está abaixo do esperado.“Esse problema afetou a Usina Hidrelétrica Coaracy Nunes e o reservatório da Hidrelétrica deFerreira Gomes, que chegava a gerar 78 megawatts e atualmente está sendo produzido só 75. Por conta disso, a Eletronorte está conseguindo produzir no máximo 270 megawatts para o estado”, declarou.
O superintendente também disse que parte dos desligamentos e quedas de energia está relacionada a problemas técnicos em geradores da Eletronorte e da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA).
“Sempre que nós temos problemas desse tipo, nós somos obrigados a tirar alguns alimentadores de operação, no horário de 14h e 15h. Isso ocorre tanto nos geradores da Eletronorte como nos geradores da CEA”, justificou.Drago diz que a solução para o problema é a contratação de empresas produtoras de energia alternativa. “Isso iria garantir o fornecimento de energia à população até que a companhia seja integrada ao Sistema Interligado Nacional [SIN]”, explicou.A CEA divulgou nota nesta terça-feira em que afirma que os últimos desligamentos que ocorreram em Macapá, Santana e Mazagão, decorreram da necessidade de realização de manutenção corretiva em algumas unidades geradoras da UTE-Santana, de propriedade da Eletronorte."Neste caso, houve a redução da capacidade de geração da referida usina, exigindo na mesma proporção a redução de carga. A CEA e Eletronorte esclarecem ainda que trata-se de ocorrência não programada e eventual, possível de ocorrer em sistemas térmicos, mas que está tomando todas as providências para evitar novas ocorrências", diz trecho da nota.De acordo com a companhia, a integração do Amapá ao SIN está prevista para ocorrer a partir de dezembro de 2014.
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