Um incêndio atinge, desde por volta das 13h desta sexta-feira (10), uma favela na Rua 21 de Abril, no Brás, na região central de São Paulo. Segundo os bombeiros, 20 equipes foram encaminhadas ao local.Uma pessoa teria sofrido escoriações e outra queimaduras. Até as 16h não havia informações sobre as possíveis causas das chamas.A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) afirma que a Rua 21 de Abril está completamente bloqueada na altura da Rua Hipódromo.Segundo a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, cerca de 90 barracos foram atingidos pelas chamas e 400 pessoas estão desabrigadas. A Defesa Civil está no local e realizará o cadastramento pelo Centro de Referênciade Assistência Social, na rua Marquês de Oliveira.
Na quinta-feira (9), outro incêndio atingiu uma comunidade da região do Sapopemba, na Zona Leste. Trinta e cinco dos 100 barracos foram destruídos eum corpo carbonizado, com as mãos amarradas, foi encontrado no local. Este tinha sido o quarto incêndio em favelas em um mês na capital paulista. No dia 1º de outubro, a favela da Juta, também no Sapopemba, foi consumida pelas chamas. Das 200 famílias do local, 86 ficaram sem moradia.As casas de madeira aglomeradas, as instalações elétricas irregulares e o tempo seco são alguns dos fatores que estimulam o aumento de incêndios nestes locais.Entretanto, um levantamento feito pelos bombeiros revela que 25% dos incêndios em favela este ano podem ter sido intencionais. O número, no entanto, pode aumentar, pois, os últimos incêndios ainda não entraram nas estatísticas.O capitão Marcos Palum acredita que eles também podem ter sido causados propositadamente. “Certamente esse criminoso ateou fogo na favela utilizando um líquido inflamável. E o incêndio pro combate já começa grande e ali com outras quantidades de materiais, ele vai se propagar rapidamente e pode atingir toda a comunidade”.Desde o início do ano 54 favelas da capital foram atingidas por incêndios. Segundo a Prefeitura, líderes das comunidades foram treinados para saber como agir em casos assim. No entanto, a medida ainda não foi adotada nas duas comunidades de Sapopemba.
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