Em mais uma medida
para estimular a
economia, o governo
avalia aumentar de R$
500 mil para R$ 750 mil
o valor máximo dos
imóveis que o
trabalhador pode
comprar com o seu saldo
do FGTS, tanto à vista
como financiado dentro
do SFH (Sistema
Financeiro da Habitação),
que tem juros menores.
Imóvel de até R$ 500 mil
fica mais raro e longe
em SP
Aumento de limite do
FGTS em compra de
imóvel divide opiniões
Preço de imóvel novo
teve forte alta entre
2009 e 2012 em SP; veja
valores por bairro
A medida é uma
reivindicação antiga das
construtoras e que
estava engavetada.
Segundo a Folha apurou,
nos últimos dias, porém,
ela entrou na pauta de
discussão do governo
diante da necessidade de
criar mais estímulos para
reanimar a economia.
Tecnicamente, a medida
está pronta e tem a
simpatia de Guido
Mantega (Fazenda). A
palavra final caberá a
Dilma Rousseff. Com seu
aval, o governo precisará
aprovar resolução no
CMN (Conselho
Monetário Nacional,
presidido por Mantega).
Oficialmente, o órgão diz
considerar adequado o
teto de R$ 500 mil.
Dicas para comprar um
imóvel
Uma preocupação
apontada por técnicos é
o impacto que a medida
poderá ter nos recursos
do fundo.
Mas parecer da Caixa
Econômica Federal,
gestora do FGTS,
repassado à Fazenda,
estima que só 0,2% dos
cotistas atuais se
enquadrariam na faixa
de renda compatível com
imóveis desse preço.
Além disso, os saques
adicionais para compra
de moradia foram
projetados em cerca de R
$ 700 milhões, o que
não foi considerado
nenhuma "sangria".
Em razão desse temor,
uma proposta que surgiu
foi a de elevar o valor
apenas em grandes
capitais, como São Paulo,
Rio e Brasília, onde o
preço do imóvel subiu
muito nos últimos anos,
mas há dúvidas sobre
restrições legais.
CLASSE MÉDIA
Argumenta-se que a
medida seria positiva
sobretudo para a classe
média e movimentaria
empresas com foco na
construções de moradias
mais caras que as
realizadas no Minha
Casa, Minha Vida.
Na avaliação de técnicos
do governo, a elevação
faria um universo maior
de trabalhadores ter
acesso a juros mais
baixos, mesmo que não
usem o FGTS na hora da
compra. Apesar de a taxa
máxima dos imóveis
financiados no SFH ser
de 12%, hoje, segundo o
governo, o valor cobrado
varia de 7,5% a 10,5%
ao ano.
Outra avaliação é que a
mudança permitiria uma
atuação mais forte dos
bancos privados, que
costumam financiar
imóveis de valor próximo
do teto atual de R$ 500
mil. Os financiamentos
da Caixa, principal
agente financeiro do
setor e com público alvo
de menor renda, ficam
em torno de R$ 300 mil.
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