O programa 'Entertainment Tonight'
divulgou um vídeo antigo, no qual a atriz
Demi Moore, que tinha 19 anos na época,
aparece beijando um garotinho de apenas
15. As informações são do site 'Daily Mail'.
O jovem é Philip Tanzini e a gravação foi
feita no aniversário dele. "Eu o amo muito.
Ele é uma das pessoas que eu mais gosto",
disse a atriz, que na época estava casada
com Freddy Moore. "Eu amo Philip e ele é
meu único amor", completou Moore.
"Vamos nos casar no futuro. Só não deixe
seu marido descobrir", respondeu o jovem.
"Mal posso esperar. Eu o amo porque ele
me deixa realmente feliz", finalizou a atriz
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Demi Moore beija garoto de 15 anos
Revista 'Playboy' divulga capa com Virgem Leiloada
O ano novo já promete começar com tudo
para a revista "Playboy"! É que quem
estampará a capa da edição de janeiro da
publicação será nada mais, nada menos do
que Catarina Migliorini, mas conhecida
como a Virgem Leiloada.
domingo, 23 de dezembro de 2012
Carol Dieckmann diz que a morte de Jéssica vai dar o tom em Salve Jorge
A torcida para que Jéssica continue em Salve
Jorge é grande. Mas não tem jeito, a personagem
de Carolina Dieckmann (34) vai mesmo morrer,
já que a atriz está escalada para o filme Júlio
Sumiu, que começa a ser gravado no final de janeiro. Por
enquanto, Carolina ainda não sabe como será cena da morte
da garota, que foi traficada e obrigada a se prostituir.
“O que posso dizer é que não está escrita a morte até dia
10”, disse durante sua passagem pelo show de Stevie
Wonder (62) e Gilberto Gil (70) neste domingo, 23, no Rio
de Janeiro. “Fico muito feliz das pessoas quererem que eu
fique, mas se Jéssica não fosse tão querida, a morte dela
não teria o peso que deve ter. A morte dela vai dar o tom
necessário para contar essa história que é seria. Muitas
meninas morrem. A Gloria (Perez, 64) é uma guerreira
incrível pelo que está fazendo”, elogiou.
Carolina nem terá tempo para descansar após Salve Jorge. No
dia 28 de janeiro ela começa as filmagens do longa, que terá
ainda Fiuk (22) e Lilia Cabral (43). “Vocês querem que eu
perca meu emprego no filme”, brincou. “É uma comédia
com direção do Roberto Berliner. Vai ser um choque,
totalmente diferente da Jéssica. Minha personagem é
uma vigarista, Maria cadeia, se envolve com todo
mundo", adianta.
O ano em que o limão virou limonada
Segundo Carolina, 2012 surpreendeu. "Esse ano foi incrível
pra mim e tinha tudo pra ser chato. Foi o ano do limão
que virou limonada. Quando minha casa pegou fogo e
ninguém morreu, minha mãe falou pra seguirmos em
frente e continuar. Tenho isso de transformar coisas
ruins em boas", falou referindo-se ao incêndi na casa da
família quando ela era criança. Entre os transtornos que teve
de lidar neste ano, está a divulgação na internet de fotos em
que aparece nua e que acabou resultando na criação de uma
lei que torna crime a invasão ao computador alheio e acesso a
dados. "Fiquei assustada, porque as minhas fotos foram o
sexto assunto mais pesquisado no mundo. A Dira Paes
falou outro dia que as pessoas que vêem as fotos hoje
sabem que virou lei, então o que tinha de ruim virou
deslumbrante. Fico orgulhosa de isso ter criado uma
discussão que virou lei, não é vaidade de ter meu nome
lá".
Para renovar as forças para o próximo ano, Carolina vai
passar o réveillon no Nordeste ao lado do marido, Tiago
Worcman, e dos filhos Davi (13) e José (5).
Justin Bieber enfrenta problemas na California e Filipinas
Esta semana, definitivamente, não tem sido das maias
agradáveis para Justin Bieber. Em um curto espaço de tempo,
o cantor se deparou com duas situações desagradáveis e
constrangedoras.
Na costa oeste dos Estados Unidos, o jovem canadense está
em ‘maus lençóis’ com uma associação protetora de animais.
De acordo com o site TMZ, a Associação dos Hamsters da
Califórnia diz que Bieber cometeu um ato de crueldade
quando presenteou uma fã histérica com seu hamster de
estimação. Segundo a instituição, os hamsters são animais
frágeis e podem morrer se passarem por mudanças bruscas
de ambiente. A associação ainda disse que se Bieber não
quisesse mais o bicho, bastaria tê-lo deixado em um abrigo de
animais, pois assim ele seria doado de maneira mais segura.
Cruzando o oceano e chegando ao continente asiático… Justin
Bieber encontra problemas com as autoridades das Filipinas.
Uma brincadeira que o cantor fez com o boxeador Manny
Pacquiao, não agradou aos políticos filipinos. De acordo com o
site da revista Rolling Stone, Bieber postou uma montagem
com o atleta nocauteado e o personagem “Simba”, do
desenho “O Rei Leão”, com a legenda “levanta, papai”. Sete
congressistas locais ameaçaram banir o artista e classificá-lo
como “persona non- grata”. Eles exigiram, também, que o
artista desculpe pelos “comentários infelizes”. Justin, no
entanto, não deu nenhum indício de que irá se retratar pelo
episódio. Pacquiao, que é herói nas Filipinas, em comunicado
oficial, disse que vai “orar” pelo pop star.
Vendas ruins forçam Nelly Furtado a cancelar shows de nova turnê
De acordo com o jornal canadense The Globe and Mail, a
cantora Nelly Furtado terá que remanejar os shows de sua
turnê após encontrar dificuldades na venda de ingressos.
A produtora da turnê “The Spirit Indestructible”, a Live
Nation, se viu obrigada a transferir o show que aconteceria
no Teatro Orpheum, em Vancouver, cuja capacidade é de 3
mil lugares, para um local ainda menor.
Outras apresentações da cantora já foram canceladas e
ingressos para as demais performances estariam sendo
vendidos em sites de compra coletiva por um preço abaixo da
metade do valor original.
As vendas do disco que dá nome a turnê de Furtado também
não foram nada satisfatórias. “The Spirit Indestructible” foi
lançado em setembro deste ano e não conseguiu passar da
79ª posição das paradas norte-americanas. Os índices
frustrantes contrastam com o sucesso de outros hits da
carreira de Furtado, como “ I’m Like A Bird” e “Promiscuous
Girl“.
Saiba como participar da sinfonia de guitarra de Eric Clapton
Em comemoração aos 35 anos do álbum “Slowhand”, o
lendário guitarrista Eric Clapton está convidando guitarristas
de todo o mundo para montar uma sinfonia de guitarra da
música “ Cocaine“.
Para participar, guitarristas aspirantes podem enviar um
vídeo em que apareçam tocando uma versão instrumental do
clássico. Os melhores covers serão compilados em uma
versão orquestral, que será lançada no site oficial e nos
canais de redes sociais do músico britânico.
Além disso, será escolhido um grande vencedor da “Eric
Clapton Guitar Symphony” que ganhará uma guitarra Fender
Blackie, uma edição super-deluxe e um LP do relançamento do
disco “Slowhand”, além de divulgação para sua versão na
página oficial de Clapton no Facebook.
As inscrições ficarão abertas até o dia 23 de janeiro de 2013 e
a votação acontecerá entre os dias 24 e 31 de janeiro. O
anúncio do vencedor será feito no dia 6 de fevereiro. Leia o
regulamento e saiba como participar no site da Talenthouse
Madonna interrompe ensaio no Chile para discutir com fãs na plateia Saiba como participar da sinfonia de
A cantora Madonna se irritou com fãs durante a passagem de
som para seu show no Chile, na última quarta-feira (19). A
Rainha do Pop, que proibiu fumantes na plateia de todos os
shows da turnê “MDNA”, se estressou ao ver que alguns fãs
desobedeceram a regra e fumavam enquanto assistiam ao
ensaio.
“Têm pessoas fumando aqui. É proibido fumar! Onde eles
estão fumando? Se vocês forem fumar cigarros, eu não vou
fazer o show. Se você não liga para mim, eu não ligo para
você. Tudo bem? A gente vai jogar desse jeito? Eu não estou
brincando. Eu não consigo cantar se você fumar. ‘Entiendes’?
Se você me ama então não fume. Não fume! Você está
olhando para mim enquanto fuma, como seu eu fosse uma
idiota”, disparou Madonna, antes de deixar o palco.
Kristen Stewart estrelará sequência de 'Branca de Neve e o Caçador'
A atriz Kristen Stewart confirmou sua particpação
na sequência do filme "Branca de Neve e o Caçador", de
acordo com o site Contactmusic. Mas, desta vez, a
produção não será dirigida por Rupert Sanders, com
quem Stewart traiu o namorado Robert Pattinson,
durante as gravações do primeiro longa.
"Será incrível! Eu estou animada, é uma loucura. Eu não
estou autorizada a falar sobre isso. Mas posso confirmar
que estou na sequência.", disse a atriz.
sábado, 22 de dezembro de 2012
Hospedagem de sites e webradio 15 dias de teste

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Messi entra por exigência da torcida, mas sai machucado e chora no empate do Barça
Com o Barcelona já
classificado para as
oitavas de final da Liga
dos Campeões, Lionel
Messi foi poupado e
assistia à partida contra o
Benfica do banco de
reservas. Mas um pedido
da torcida fez Tito
Vilanova colocar o craque
no segundo tempo. A ideia
não foi das melhores. O
argentino sofreu uma
lesão no joelho esquerdo,
saiu de campo chorando e
não evitou o empate de
sua equipe por 0 a 0, no
Camp Nou.
Messi se lesionou aos 39
minutos do segundo
tempo em uma dividida
com Artur, do Benfica,
quando partia para o gol.
Ele ficou deitado no
gramado e reclamou de
muitas dores. Ao ser
retirado de maca, o
argentino não conteve o
choro. Para piorar a
situação, o astro deixou o
Barcelona com dez
jogadores em campo, já
que a equipe já havia
feito as três substituições.
O argentino se torna uma
preocupação para o
Barcelona no restante da
temporada e pode
dificultar seus planos de
bater mais um recorde na
carreira. Com 84 gols em
2012, ele está a apenas
um de igualar a marca de
Gerd Müller como o
jogador com maior
número de tentos em um
mesmo ano. Em 1972, o
alemão balançou as redes
85 vezes.
Mesmo com o empate, o
Barcelona garante a
primeira colocação do
grupo G com folga,
alcançando 13 pontos. O
Celtic ficou com a
segunda vaga para as
oitavas ao vencer o
Spartak Moscow por 2 a 1,
também nesta quarta-
feira. O time escocês
soma dez pontos na
tabela. Já o Benfica ficou
com o terceiro lugar (oito
pontos) e terá de se
contentar em disputar a
Liga Europa no ano que
vem.
Já classificado para a
próxima fase, o Barcelona
entrou em campo com um
time repleto de reservas.
Com as modificações e a
falta de entrosamento, a
equipe da casa sofreu com
a boa marcação
adversária e tinha
dificuldades para sair do
campo de defesa.
O Benfica adotou um
esquema ofensivo e impôs
forte pressão na saída de
bola, acuando os
anfitriões, o que deixou o
técnico Tito Vilanova
irritado. No entanto, os
portugueses não
conseguiram suportar o
forte ritmo e tiraram um
pouco o pé ainda no
primeiro tempo.
Eles passaram a esperar o
erro rival em seu campo
de defesa e só depois
saíam em velocidade. O
Barcelona ficou um pouco
mais confortável e
dominou a posse de bola,
como de costume. No
entanto, levou muito
pouco perigo e só teve
uma finalização durante
todo o primeiro tempo.
Já o Benfica teve inúmeras
chances de chegar ao gol
e um alto número de
finalizações, mas pecou na
hora de concluir. Os
atletas foram para o
intervalo incomodados
com a ineficiência no
setor ofensivo, enquanto
a torcida do Barcelona
demonstrava sua irritação
com o time pedindo a
entrada de Messi, que
estava no banco.
O segundo tempo
começou um pouco mais
equilibrado, com o
Barcelona mais livre em
campo, enquanto o
Benfica já não conseguia
apresentar o mesmo
desempenho da etapa
inicial.
Para piorar a situação dos
portugueses, aos 12
minutos os pedidos da
torcida foram atendidos e
Messi substituiu Rafinha.
O zagueiro titular Piqué
também entrou no lugar
do brasileiro Adriano. Com
as mudanças, o Barcelona
retomou suas
características e passou a
ter controle do jogo. A
equipe explorava o lado
esquerdo com Tello e as
investidas de Messi.
O time da casa estava
mais perto do gol, mas
teve uma má notícia. Aos
39 minutos, Messi sofreu
uma lesão no joelho
esquerdo em um choque
com Artur e deixou o
Barça com dez até o fim
do jogo. O Benfica saiu
para o ataque, já que o
Celtic vencia o Spartak e
ficava com a vaga. Sem
muito tempo, no entanto,
o placar ficou mesmo no 0
a 0.
Lula e Rosemary conversaram depois de deflagrada Operação Porto Seguro
Uma linha direta foi
estabelecida entre Lula e
Rosemary Noronha, ex-
secretária da Presidência
da República em SP. Os
dois conversaram depois
de deflagrada a
Operação Porto Seguro,
que indiciou a ex-
servidora sob acusação
de tráfico de influência e
corrupção.
CALMA, ROSE 2
A conversa de Lula com
Rose, como é conhecida,
teve o objetivo de
"acalmar" a ex-
secretária.
LATERAL
Rose tem cobrado
dirigentes do PT. Ela
quer que o partido saia
em sua defesa, assim
como sempre faz com
Lula. "Mas quantos votos
ela tem?", diz um
petista, sob a condição
de anonimato.
TÔ FORA
Lula, até agora, não
pediu para que o PT a
defenda. Ao contrário: a
interlocutores, ele diz
que ficou surpreso com
as informações da
investigação policial.
Rose é acusada de
pertencer à máfia de
venda de pareceres
liderada por ex-diretores
de agências reguladoras
do governo.
'Eu não acredito que o mundo vá acabar', diz a astróloga Susan Miller
A astróloga norte-
americana Susan Miller,
famosa pelas previsões
que publica no site
Astrology Zone, criado
em 1995, está no Brasil
para lançar uma linha de
calcinhas coloridas da
sorte assinada por ela.
Nesta quarta-feira (5), a
convite da marca de
lingerie responsável pela
novidade, a horoscopista
ainda participou de um
bate-papo, realizado na
capital paulista e
intermediado pela
especialista Barbara
Abramo, astróloga do
UOL e do jornal Folha de
S. Paulo.
Durante a conversa, a
simpática Susan
respondeu perguntas
sobre o que os astros
reservam para 2013, ano
que promete ser bem
agitado conforme suas
previsões. Segundo ela,
sim, vamos todos chegar
a 2013 e, portanto, não
haverá o fim do mundo
na tão controversa data
de 21/12/2012. “Li muito
e escrevi bastante sobre
o tema. Não acredito
que o mundo vá acabar,
mas esse é um período
em que muitas coisas
estão acontecendo ao
mesmo tempo e todos os
sinais mostram que
precisamos cuidar
melhor do planeta Terra.
Acho que essa data
marca a chegada de uma
nova consciência da
humanidade.”
Mesmo não acreditando
no apocalipse, Susan
teme o ciclo solar que
ocorre a cada 11 anos e
que costuma prejudicar
as redes de energia, por
causa das fortes
explosões solares.
Segundo a astróloga, a
atividade solar atingirá o
seu pico em 21 de
dezembro. “Estou
preocupada com as
explosões solares. Sem
luz, telefone ou gás, a
vida das pessoas pararia.
Sem essas coisas básicas,
a sociedade entra
rapidamente em
colapso”. Nessa data, por
causa de possíveis panes
na rede elétrica, Susan
ainda desaconselha
viagens de avião.
Costumes brasileiros
Durante o evento, a
astróloga também se
mostrou bastante
entusiasmada com o
Brasil, país onde suas
previsões fazem bastante
sucesso. “O meu país
ama o Brasil. É por isso
que o [presidente norte-
americano] Obama até
veio para cá. Nós
queremos saber o
segredo do sucesso
brasileiro”, diz a
astróloga. Ainda sobre as
particularidades do país,
Susan afirma que adorou
essa ideia de vestir
lingerie colorida no Ano-
Novo para atrair paz
(branco), dinheiro
(amarelo), amor (rosa)
ou paixão (vermelho),
entre outros.
“Amo as tradições
brasileiras. Vou levar
esse costume para os
Estados Unidos e eles
vão adorar, porque lá
eles adoram qualquer
coisa relacionada a
consumo”, brinca. E para
as mulheres que estão
em dúvida sobre a cor
que vão escolher para
esse réveillon, Susan
manda a sua dica: “usem
rosa, pois os homens
adoram. Certa vez, em
Nova York, estava com
um lenço rosa e fui
pegar um táxi. Lá é
impossível pegar um
táxi! Mas assim que saí
na rua e acenei para o
carro, o taxista já parou
e elogiou o meu visual”.
Portanto, se a ideia é
atrair homens em 2013,
já sabe qual cor usar,
certo?
Ex-moradoras de favela atingida por incêndio em setembro em SP não recebem auxílio- aluguel
Em uma esquina do
Campo Belo, bairro da
zona sul de São Paulo,
um muro cinza de
alvenaria inacabada
serve de proteção a duas
pequenas casas,
agraciadas com um
grande quintal. Mas há
algo de errado. Em vez
de jardins e áreas de
lazer, o que se vê é um
piso de concreto e alguns
materiais de construção
encalhados em um
canto. Apesar da
presença de várias
crianças, nenhum
brinquedo foi erguido no
terreno. É que as
moradoras destas casas
não pertencem aos
imóveis, nem os imóveis
pertencem a elas.
Estas moradoras, aliás,
não têm um pedaço de
terra para chamar de
seu. Perdidas e sem
saber a quem recorrer,
elas clamam pelo direito
à moradia na maior
metrópole do país.
Cleide Alves da Silva, 29,
e Luciana Alves da Silva,
31, perderam tudo no
incêndio que atingiu a
favela Sônia Ribeiro,
conhecida como Piolho,
em 3 de setembro deste
ano. Sem ter para onde
ir, contaram apenas com
a boa vontade de um
conhecido para arranjar
um lugar emprestado,
onde construíram dois
cômodos mobiliados com
doações de “pessoas
estranhas”, como dizem
as duas irmãs. Da
prefeitura, elas
receberam apenas cesta
básica e colchonetes nos
instantes seguintes ao
fogo. “Depois disso, não
tivemos mais auxílio
nenhum da parte deles”,
conta Cleide.
Nem mesmo ajuda para
alugar um canto novo.
Cleide diz que se
inscreveu em um
cadastro da prefeitura
para receber o auxílio-
aluguel, que nunca
chegou. “Eu arrumei
uma casa para alugar e
fui levar o comprovante
[para os funcionários da
prefeitura], com a
promessa de que no dia
1º de outubro eles
começariam a pagar o
primeiro auxílio-aluguel.
Dariam um cheque de R
$ 1.800, referente a seis
meses. Depois disso, não
tivemos retorno.”
Um dos possíveis motivos
da confusão diz respeito
à natureza do cadastro.
Segundo Cleide, os
agentes públicos que
foram ao Piolho logo
após o incêndio
inscreveram os
moradores cujos barracos
haviam sido atingidos
pelo fogo em um
cadastro do Previn, o
Programa de Prevenção
contra Incêndios do
governo municipal.
À época, muitas pessoas
não quiseram se
inscrever, já que não se
tratava de habitação.
“Hoje, as assistentes
sociais dizem que
somente as 92 famílias
cadastradas no Previn
poderão receber esse
auxílio-aluguel e a
promessa de uma
moradia, que deve ficar
pronta no final de 2013.
Mas eu não creio que
isso vai acontecer”,
continua,
desesperançosa.
Segundo a Sehab
(Secretaria Municipal de
Habitação), todas as
famílias que moram em
assentamentos precários
existentes dentro dos
limites da operação
urbana Água Espraiada
foram cadastradas, entre
2009 e 2010, no
programa que destina
uma habitação de
interesse social a elas.
No caso do Piolho, a
secretaria informou que
houve um cruzamento
de dados –agentes da
Defesa Civil foram à
comunidade após o fogo,
inscreveram as 92
famílias e depois
repassaram os dados à
Sehab.
O órgão da prefeitura
ainda informa, em nota,
que “as famílias dos 92
barracos atingidos não
aceitaram o atendimento
de auxílio-aluguel
oferecido”. “Cabe
esclarecer que foram
feitas reuniões com as
lideranças comunitárias
e com os moradores,
mas ninguém aceitou a
proposta.”
Não é o caso de Cleide.
Ela, que é mãe solteira
de uma menina, não só
se inscreveu e espera o
auxílio, como lamenta
que o mesmo não ocorra
com a sua irmã. Luciana
estava ausente no dia do
cadastramento, e,
embora morasse em um
barraco próprio, Cleide
não conseguiu convencer
os agentes públicos a
realizar dois cadastros.
“Em vez de colocar
‘moradora ausente’, eles
a puseram como
segunda titular da minha
residência, como se
houvesse só uma
moradia”, afirma.
Luciana, casada e com
cinco filhos para cuidar,
conhece bem a sua
situação. “Se não fosse
esse amigo do meu
marido [que emprestou
o terreno no Campo Belo
a eles por um ano], a
gente ia estar na rua.
Porque muita gente não
conseguiu lugar para
morar.”
Fabiana dos Santos Melo,
27, também ex-
moradora do Piolho que
teve o barraco atingido
pelo incêndio, se
inscreveu no “cadastro
do Previn” e está até
hoje, três meses após o
fogo, esperando o
auxílio.
“Eu tenho quatro filhos e
caí nessa também. Estou
tendo que pagar aluguel,
água e gás por conta
própria. Meus filhos
precisam comer e os pais
deles não ajudam. Está
difícil”, conta.
Segundo ela, os
funcionários da
prefeitura deixaram
“bem claro” que, quando
o morador assina com o
órgão para receber
auxílio-aluguel, deve
deixar o terreno da
favela. “A gente foi
embora e não voltou
[para o Piolho], e cadê o
dinheiro?”, indaga.
Cleide não se conforma.
“Ninguém mora em
favela porque quer, nem
porque gosta. É porque
precisa. Eu sou uma
cidadã e quero ter o
meu direito a uma
moradia decente. Porque
o voto é obrigatório, mas
quando você vai exigir os
seus direitos, você não
tem. Quando eu vou
poder dar um quarto só
para a minha filha? Não
tenho como. Não temos
a quem recorrer. E é
nesse inferno que
vivemos desde o dia do
incêndio.”
PCC não é lenda, mas não é a única facção, diz Grella
O secretário da
Segurança Pública,
Fernando Grella Vieira,
diz que antes de assumir
o cargo teve medo que
ele mesmo ou um
familiar fosse vítima da
onda de violência que
assola São Paulo.
Secretário cria gabinete
para combater crise na
segurança em SP
Bloqueio de celular será
possível em 2013, diz
Alckmin
Em entrevista concedida
ontem, Grella, ex-
procurador-geral de
Justiça, disse que
demorou de "dois a três
dias" para aceitar o
convite de se tornar
secretário e que quer
melhorar o setor de
inteligência da polícia.
Eis os principais trechos
da entrevista:
*
Folha - Qual a avaliação
que o senhor faz da
gestão que te
antecedeu e quais são
seus principais
projetos?
*Fernando Grella Vieira -
Política de segurança
pública é o que
chamamos de política de
primeira ordem, de
primeira grandeza, ao
lado de saúde e
educação.
E por ter essa natureza
vemos que a execução e
a formulação da política
de segurança pública é
uma verdadeira corrida
de revezamento. A vida
é dinâmica, os fatos
sociais mudam, por uma
série de fatores, e isso
exige adaptações, exige
aperfeiçoamentos. Então,
no que estamos
empenhados é em
identificar esses
aperfeiçoamentos, essas
adaptações para dar
sequência a uma política
de segurança que vinha
sendo executada.
Que pontos o senhor
pode melhorar essa
política?
Inicialmente, estamos
focados em quatro
pontos. Tratar o serviço
de inteligência. A
atuação integrada da
polícia...
Sobre inteligência, seu
antecessor direcionou
parte da política de
inteligência à Rota? O
senhor vai manter isso?
A Rota tem de cumprir o
papel dela, de força
operacional perante as
normas. Ela tem um
papel importante e vai
cumprir. Quando falamos
de tratar do serviço de
inteligência estamos
falando de valorizar esse
serviço. Estamos
instalando aqui o Centro
Integrado de
Inteligência. Já há três
oficiais da Polícia Militar
e três delegados da
Polícia Civil trabalhando
em conjunto para tratar,
para diagnosticar esses
episódios dos últimos
meses e ajudar na
orientação e
planejamento de ações.
Por isso que eu digo que
o segundo passo é a
integração. Teremos
policiais subordinados à
cada polícia, não a mim,
recebendo dados dos
vários setores, inclusive
de órgãos federais, para
fazerem a avaliação
desses dados.
Quando o senhor fala
da Rota cumprir o
papel dela, o senhor se
refere ao operacional?
Cumprir mandados de
busca e apreensão,
como vinha ocorrendo,
não?
Em princípio não. Isso
será decidido pelos
chefes das polícias.
Quando tiverem
operações complexas
que saiam daqui desse
Centro Integrado, eles
vão resolver como será
feito. É papel deles. Eles
são formados para isso,
têm preparo para isso.
Cada força, em tese,
cumpre aquela missão
que lhe cabe de acordo
com a estrutura com a
organização.
O outro ponto, em
termos de integração é
incrementarmos a
parceria com a União. Já
existe um convênio, que
antecedeu a minha
posse, e nós vamos
privilegiar esse convênio
atuando em conjunto
com a Polícia Federal,
com a Rodoviária
Federal, seja em
recursos, em outras
ações. Por qual razão,
porque sabemos que o
crime não respeita
limites territoriais.
Sabemos de diversas
ações de quadrilhas, de
bandos, de facções que
tem o tráfico de armas,
de drogas, e isso não
vem de São Paulo, vem
de outros Estados, de
outros países. É preciso
uma cooperação com
organismos federais.
Temos uma disposição
muito clara, orientação
até do governador, para
incrementarmos essa
política de segurança.
Quarto lugar, até
emergencialmente,
fortalecer o comando das
polícias, especialmente a
Militar, para a realização
de operações, para
colocar a polícia na rua
em um contingente
maior, de maneira
organizada, obediente
para procurarmos esse
quadro de sensação de
insegurança. É evidente
que com o passar do
tempo vamos elaborar
um plano a médio prazo.
O senhor vai devolver o
comando da
Corregedoria para a
Polícia Civil?
Corregedoria, quer esteja
aqui ou lá, é importante
que atue. Ela tem um
papel fundamental,
primeiro lugar de
fiscalização, em segundo,
em duas vertentes,
orientação para corrigir
irregularidades, em
terceiro lugar para punir
severamente o mau
atendimento da
população e os desvios
de conduta envolvendo
inclusive corrupção. O
importante da
Corregedoria é que ela
se mostre atuante,
eficiente.
É uma questão
objetiva. O senhor vai
manter a Corregedoria
na sua pasta?
Não há nenhuma
previsão, nenhum plano
nosso em alterar essa
situação. Estamos
preocupados
prioritariamente em
dotar a Corregedoria de
condições de
funcionalidade. Seremos
intolerantes com a
corrupção.
O senhor diz que vai
colocar mais policiais
na rua. Hoje já há
quatro operações
saturação e mais de
6.000 policiais
temporários. Como o
senhor pretende
ampliar esse efetivo
nas ruas?
O comandante da PM
está estudando isso.
Outros tipos de
operações estão sendo
planejadas, não mais a
saturação, para serem
executadas
semanalmente. É
evidente que sempre há
uma limitação de meios.
O estudo está pronto e
nas próximas semanas
teremos outras
operações móveis nos
pontos mais críticos da
capital e da Grande São
Paulo.
As que estão sendo
feitas serão
encerradas?
Não, elas serão
mantidas. As novas
serão móveis.
Moacyr Lopes Junior/
Folhapress
O ex-procurador-geral de
Justiça e atual secretário
da Segurança de São
Paulo, Fernando Grella
Vieira
A Folha publicou
[ontem] uma
reportagem sobre
escutas em presídios. O
governador já disse que
essa é uma importante
fonte de informação
para as polícias. O que
o senhor acha desse
tipo de inteligência?
Em primeiro lugar, posso
dizer que o governo não
tolera o uso de celulares
nos presídios. Por isso,
há uma série de
fiscalizações e
apreensões que ocorrem
diariamente. Toda fonte
legítima, legal vai ser
aproveitada como
elemento de informação.
O que for autorizado
judicialmente vai ser
usado. Não há um só
canal, um monopólio de
informação. Eles podem
vir de órgãos fiscais,
federais, toda
informação obtida
licitamente é válida.
Dentro da lei.
Como o senhor vê esse
monitoramento, que
flagrou presos fazendo
conferências de até
quase dez horas de
duração?
Já existe um trabalho da
Secretaria da
Administração
Penitenciária, o titular
da pasta poderá
responder sobre os
estudos de sistemas de
bloqueadores em
presídios. Eles vão testar
esses sistemas. Inclusive
há uma maleta que o
Ministério da Justiça
disponibilizou e parece
que ele está pedindo
essa maleta para fazer
esse teste. Essas
conversas que caem nas
escutas, evidente que
podem ser aproveitadas
como elementos de
informação. Agora, como
conter isso daí? O
governo caminha para a
implantação de
bloqueadores.
É a favor da
transferência de chefes
do PCC para
penitenciárias federais?
Na verdade isso não
pode ser feito de
maneira indiscriminada,
genericamente. Isso deve
ser avaliado de caso a
caso porque depende de
ordem judicial.
Mas acabaram as
transferências?
Não parou. Teremos
outras que dependem de
autorização judicial que
será avaliado em
conjunto.
O senhor assumiu a
Segurança Pública em
um momento de crise.
Por que aceitou essa
"batata quente" e
como o senhor discutiu
isso com sua família?
Reconheço que há
dificuldades. Há
problemas. Aceitei como
um desafio e de servir,
de colaborar, nesse
momento.
O senhor pediu uns
dias para pensar
quando recebeu o
convite?
Pedi porque eu precisava
conversar com minha
mulher e com minhas
filhas. Não é uma
decisão tão simples, de
poucas consequências.
Depois eu refleti que
deveria aceitar o desafio,
de colaborar e usar a
experiência que eu tinha
no Ministério Público, de
militância na área
criminal para servir a
essa causa. Tentar
contribuir com a
sociedade, com o
governo.
O que a sua mulher
falou?
É evidente que gera uma
apreensão. Eu nunca
esperava, nem ela
esperava, mas ela me
apoia em tudo. Ela acha
que eu sou moço e que
eu tenho chance
colaborar, de servir. Eu
não assumi em
condições normais.
Assumi em condições de
dificuldade.
Quando o momento é
bom, é fácil assumir o
cargo...
Não é isso. É preciso
entender que a política
de segurança tem picos.
Todo combate intenso de
criminalidade apresenta
em algum momento
pontos de dificuldades. É
onde a criminalidade
tenta se fazer presente,
se opor ao Estado. Essa
foi realidade em Bogotá,
em outras cidades e está
sendo agora aqui. Isso é
reflexo que a política de
segurança vem sendo
aplicada, mas carece,
como toda política de
aperfeiçoamento.
Quantos dias o senhor
demorou para dar a
resposta?
De dois a três dias.
Pesquisa do Datafolha
mostrou que quase
todos paulistanos têm
medo que a violência
atinja a si ou algum
conhecido. Vendo essa
crise de fora, antes de
assumir o cargo,
enquanto cidadão, o
senhor sentiu medo de
ser vítima da violência?
Sim. É a sensação de
insegurança a gente
percebe claramente, ao
nosso redor, em várias
pessoas. É curioso
porque a sensação de
insegurança é uma
coisa, os índices, os
parâmetros de
criminalidade são outra.
Se você comparar com
outros Estados ou mesmo
com índice histórico de
São Paulo não há nada
absurdo. Mas a sensação
de insegurança é
enorme em razão da
natureza dos crimes
ocorridos até o
momento.
Os homicídios tiveram
uma queda enorme.
Mas os índices de
crimes contra o
patrimônio não
reduziram, como era
previsto. O senhor
tinha medo, como boa
parte da população.
Alguém da sua família
ou o senhor foram
vítimas de crimes?
Sim, mas já faz algum
tempo.
Aqui em São Paulo?
Não, não foi.
O senhor poderia
contar um pouco mais
disso?
Não gostaria. Já faz
algum tempo e mais de
uma pessoa [foi vítima].
Por isso também meu
propósito de servir. É
uma coisa que a
sociedade não pode ficar
indiferente. É por isso
que destaco a atribuição
dos Consegs, eles são de
papel fundamental, são
os olhos que a polícia
não têm.
O senhor tem algum
plano específico para
reduzir a tensão que há
entre as polícias Civil e
Militar?
Hoje temos reuniões
diárias entre os chefes
das polícias, estamos
trabalhando desde
ontem [anteontem] com
três oficiais e quatro
delegados no Centro
Integrado, temos uma
experiência do curso de
formação de oficiais
superiores, então essa
divergência tem uma
visibilidade maior, mas é
mais localizada do que a
realidade que vemos em
outros setores, em que
há uma união, uma
convergência. Precisamos
demonstrar para as
bases a necessidade de
um trabalho, de uma
atuação, articulada. Cada
polícia tem o seu papel,
mas elas precisam ter
uma atuação conjunta.
Se é certo que há
episódios aqui e ali que
demonstram uma
divergência, eles são
isolados. Na maioria dos
casos o que a gente vê é
um ambiente que
propicia essa
convergência, essa
atuação concatenada.
São coisas pontuais?
Acredito que sim. É uma
cultura que tende a se
consolidar. As
corregedorias se dão
bem, respeitam suas
áreas de atuação, o
delegado-geral com o
comandante-geral e
alguns comandantes de
áreas têm um bom
relacionamento. Isso
vem crescendo e vai
repercutir nas bases. As
divergências, podemos
citar exemplos de
mecanismos de atuação
que às vezes geravam
problemas para a
corporação ou para a
Polícia Civil que foram ao
longo do tempo objeto
de uma série de
medidas.
Por exemplo?
Problemas às vezes de
demora nas ocorrências,
que a central de
flagrantes, que é uma
experiência nova,
procurou agilizar. É um
plano da gestão anterior.
É algo para poder dar
vazão a esse tipo de
demanda, liberar o mais
rápido possível o policial
e as partes envolvidas.
São sistemas que, o dia
a dia mostrando as
dificuldades, vão poder
ser aperfeiçoados. Acho
que há um espaço para
que essa integração se
consolide. É um
processo, não é algo que
vai ocorrer de uma hora
para a outra.
Como sua gestão vai
combater o PCC?
Nós não temos,
evidentemente, um
plano só para o PCC. Não
existe só a fação PCC.
O senhor acha que o
PCC é uma lenda?
Não, não é lenda. O PCC
existe. Seria um erro ter
uma política de
segurança que focasse
apenas numa sigla ou
uma facção. Sabemos
que há várias facções,
vários grupos, vários
tipos de crime
organizado que não têm
sigla e que são tão
nocivos quanto o PCC.
Não dá para calcar uma
política de segurança
fundada apenas no PCC.
Ele é uma das facções
que deve merecer
atenção, um trabalho
para a redução da
criminalidade.
Não dá para dizer que
são 30 ou 40
membros...
Não consigo
dimensionar, mas
também não dá para
alegar que exista só o
PCC ou só mais uma
facção.
A sua área no
Ministério Público foi a
cível. Para assumir a
secretaria, o senhor
estudou essa facção?
Eu acompanhei o
trabalho dos Gaecos e de
muitos promotores
criminais. Recebi
informações, enquanto
procurador-geral, até
para apoiá-los. Não
tenho a pretensão de ter
o domínio de todos os
fatos, mas tive o
conhecimento de muitas
ocorrências, de forma de
atuação que me
permitiram ter uma
experiência de como
atuam facções
criminosas, não só o
PCC, mas outros grupos.
A Procuradoria-geral me
permitiu adquirir esse
conhecimento. Eu estava
atualmente na
Procuradoria Criminal. Já
tive no passado atuação
também na área criminal
no interior. Não é algo
que me passou em
branco na carreira.
O que exatamente
conhece dessa facção?
Conheço dados da
facção. O que eu
acredito é que ninguém
consiga dimensionar
exatamente. Pode saber
pessoas que pertencem,
mas não dá para
dimensionar dizendo que
ela é composta de tantos
integrantes. O que eu
sei, muitos sabem, é de
algumas pessoas que
pertencem a essa facção,
mas não de todos que
pertencem a ela, que são
seus seguidores dessa
quadrilha, dessa
organização criminosa.
Temos informação como
muitos têm porque
acompanhamos o
trabalho. Quando digo
que não consigo
dimensionar é que não é
possível dizer um
número exato.
Na gestão anterior era
incomum ver operações
da Polícia Civil em que
membros do PCC
fossem presos. Na
última semana, porém,
quase todos os dias há
criminosos do PCC
sendo apresentados
pelo Deic. O que está
ocorrendo? A polícia
está achando os
criminosos do PCC,
qualquer preso é
vinculado a essa facção
ou essa é a nova
política, a Polícia Civil
vai ser mais atuante
contra esse grupo?
A orientação nossa é de
muito trabalho.
Evidentemente não sei
se essas pessoas
pertencem ou não ao
PCC. Isso vai ser definido
pelos policiais, pelos
delegados que estão
trabalhando. Não temos
condições de saber isso
agora. Isso demonstra
uma coisa positiva, que
estamos trabalhando.
Tivemos na semana
passada uma apreensão
de fuzis de grande
quantidade de drogas
pela Polícia Civil. Se era
do PCC, eu não sei. Mas
estamos trabalhando e
vamos analisar de quem
era isso tudo.
Como o senhor vai
tratar a corrupção na
Polícia Civil?
Vou tratar da mesma
maneira que a Polícia
Militar. Corrupção não
tem lugar, não tem
instituição. Todas as
instituições têm
problemas. O que nós
precisamos é de
corregedorias nas duas
instituições, como nos
demais órgãos, eficiente,
que fiscalize. Então, o
que vou tratar é de
maneira pró-ativa.
Valorizando os bons
policiais, incentivando os
bons policiais...
O senhor quer dizer que
quer uma corregedoria
pró-ativa. Investigue
policiais sem ser
provocada?
Não estou falando da
Corregedoria. Estou
falando da polícia pró-
ativa. Da polícia que
atue, comece a mostrar
mais resultados.
Uma corregedoria
também pró-ativa,
não?
Não. A corregedoria eu
quero que ela cumpra o
papel dela com os
métodos adequados. De
fiscalização, de
orientação, de repressão
naquilo que precisa ser
repreendido. A
corregedoria não precisa
ser pró-ativa, a
corregedoria precisa ser
corregedoria. Tem que
ser eficiente.
Vai ter mudanças nas
diretorias das polícias?
O senhor deu um prazo
para o pessoal mostrar
serviço?
Não. Nós estamos
avaliando com o
delegado geral, isso daí,
nos próximos dias,
haverá uma definição.
Nós estamos visitando
alguns departamentos, o
delegado geral está
fazendo alguns
levantamentos, para que
essa decisão não seja
precipitada. Nós
queremos chegar a essa
decisão nos próximos
dias.
Haverá mudanças?
Pode ocorrer e pode não
ocorrer. Não estou
dizendo que vão. Pode
ser que não mude
nenhum. Nós estamos
fazendo avaliação. O que
nós não queremos é
tomar decisões
precipitadas.
E o plano de tirar a
Polícia Civil de cidades
pequenas de 5.000,
10.000 habitantes,
como queria o ex-
delegado-geral Marcos
Carneiro. O que o
senhor acha dessa
política?
Na verdade, toda a
instituição precisa, em
um certo momento,
rever sua estrutura, sua
organização, e sua
metodologia de trabalho
para ganhar em
eficiência. Isso é
necessário em toda
instituição. Existe um
projeto aqui em estudo,
que está sendo
acompanhado. Existe
uma outra consultoria
que começa a ser feita,
para estudar e para
avaliar esse projeto e a
situação das polícias.
Exatamente com o
objetivo de melhorar a
infraestrutura
administrativa.
O senhor que contratou
a consultoria?
Não... vai começar
brevemente, mas não é
contratação minha. É
apoiada por ONGs, por
entidades... que na
verdade colaboram com
o aperfeiçoamento na
gestão em termos de
segurança pública, em
vários Estados.
Mas nesse ponto
específico dos
municípios pequenos,
qual é opinião do
senhor?
Eu não vou falar
especificamente. O que
eu posso lhe dizer que
eu vejo com bons olhos,
qualquer propósito,
qualquer
encaminhamento no
sentido de aperfeiçoar,
desde que isso se mostre
eficiente para atender a
população. Qual é o
objetivo nosso em
termos de polícia
judiciária? É atender bem
a população. Se essa
solução, especificamente,
for boa, para a
população, por que não
apoiá-la? Mas vou falar
dela especificamente
porque eu não conheço
o conjunto de propostas,
isso aí é uma vertente.
O senhor acha que a
Polícia Civil atende
bem a população?
Nós temos a consciência
de que há muito para
ser feito. O problema é
que nós temos que ter a
humildade, por isso os
Consegs (conselhos de
segurança) são
importantes, de estarmos
abertos ao diálogo com a
sociedade. Para
recebermos as sugestões
e as críticas. Porque
quem critica, e a crítica
sendo construtiva, ela é
altamente positiva. Para
que a gente consiga
aprimorar. Seja da nossa
forma de atender, seja
na deficiência do serviço
de ponta, de atividade
fim. Não estou dizendo e
não podemos dizer que
está tudo perfeito, que
está tudo ótimo. Não.
Nós sabemos que há
dificuldades. Por isso a
abertura e a necessidade
de estarmos ligados à
sociedade civil, aos
Consegs, a população em
geral, que vão contribuir
para o aperfeiçoamento.
Não estou aqui
defendendo que está
tudo em ordem, que não
está.
O que se deve essa
onda de violência em
São Paulo?
Nós não temos ainda
uma noção final disso,
uma conclusão final.
Mesmo depois de
tantos meses de
violência?
Isso muito se explica
pela ação da repressão
dos últimos tempos, da
própria polícia. Uma
repressão intensa que
conseguiu apreender
armas, drogas, de
recursos das facções, dos
bandos. Parece ter sido o
fator principal e o
responsável pelo
desencadeamento dessa
situação.
As mortes de
criminosos também
está nesse contexto?
Acho que tudo está
ligado. Quanto mais a
polícia intervém em
apreensões e prisões,
proporcionalmente, você
tem, evidente, uma
probabilidade, um risco,
de confrontos, e de
resultados.
O senhor consegue
dizer quantos
homicídios
aconteceram nessa
onda? De outubro para
cá?
Na verdade, eu não
tenho aqui. Outubro foi
um mês atípico. Nós
tivemos uns 170
homicídios, eu não estou
com os dados aqui. Foi
um mês atípico. Isso é
reflexo de uma ação que
não começou em
setembro, mas que
começou, talvez, meses
antes. Em função dessa
ação policial, dessa
repressão do Estado. Nós
estamos aí nesse
trabalho para conter e
para reverter este
quadro.
Quem são essas
vítimas? A PM dizia ter
uma estratificação.
Vocês têm esses dados?
Temos esse
levantamento. E já
pedimos, aliás, para
documentar esses
levantamentos pelo
DHPP e outras
delegacias, de todos os
homicídios de junho para
cá. Seja de policiais civis,
de agentes
penitenciários, e outras
pessoas. É esse o
material que está sendo
analisado pelo centro
integrado de inteligência.
São quatro delegados e
três oficiais. Eles vão
fazer a leitura de todos
esses quadros. Há uma
parte de inquéritos já
concluídos pelo DHPP,
tendo como vítimas
policiais e agentes, e há
uma parte também, já
concluída, tendo como
vítimas civis.
Não foi divulgado
nenhum suspeito de
matar os civis, em
especial nas chacinas.
Olha tem várias prisões
decretadas, de civis, não
sei se são chacinas ou
não, que os mandados
não foram cumpridos.
Que a polícia está na
captura. Que ela está
aguardando a prisão
para ouvir a pessoa, o
preso que é indiciado,
para depois concluir o
inquérito. Há um acerto
ainda que aguarda,
muitos já estão
praticamente concluído,
mas que aguardam a
prisão.
Vocês podem nos
passar esses dados?
Na verdade, como nem
tudo está no DHPP, nós
estamos pedindo para o
Decap (capital), o
Demacro (Grande São
Paulo), porque existem
outros municípios, para
gente consolidar todos
esses dados. Não estão
100% dos casos no DHPP.
De todos os
homicídios, quantos
foram esclarecidos?
Eu posso garantir, não
posso adiantar, que
providências estão sendo
tomadas, tanto no
sentindo, quanto no
outro. Já há prisão de
mortes de policiais e vai
haver e já há prisão
contra civis. Já existem
algumas e outras
certamente virão.
Se o senhor passar os
dados, é possível ter
uma dimensão exata
disso.
Como não está
concluído, se eu fornecer
dados, eu posso
atrapalhar as
investigações. Eu só
posso dizer que esses
casos estão sendo
atendidos com
prioridade, com atenção.
Depois nós daremos os
dados.
Na segunda-feira da
semana passada, em
entrevista à Globo, o
senhor falou em
solucionar todos os
casos de homicídio
homicídios. Algo que
parece impossível....
Esclarecer, não. Eu disse
investigar....
... O senhor disse que
nenhuma morte ficará
sem esclarecimento.
Como fará isso com um
DHPP que os próprios
delegados dizem que
está sobrecarregado? O
senhor sabe qual o
índice de
esclarecimento hoje?
O [delegado-geral Luiz
Maurício] Blazeck
levantou isso daí. O
DHPP, por uma
transformação, recebeu
um acervo de inquéritos
que estava no Decap.
Isso está sendo
reavaliado, para ver o
destino melhor para
esses inquéritos, que são
casos antigos, para não
gerar um obstáculo para
aquilo que é mais
prioritário, importante,
para o DHPP.
Além disso, nós estamos
tomando providência
com a polícia científica
para criar mecanismos
de agilização para a
chegada da perícia.
Estava obedecendo um
outro método e estava
dificultando a chegada
do perito com a equipe
de policiais.
O senhor falou em
prazo. O governador
também falou. Que
prazo será esse?
O mais rápido possível...
Isso é muito subjetivo.
Dependendo do local, 20
minutos, meia hora... 15
minutos...
Qual será o prazo
máximo que será
tolerado?
Não posso colocar isso,
porque cada local é
diferente do outro. Tem
trânsito. Se acontecer
um homicídio lá no
extremo sul da cidade,
não posso dizer 10
minutos porque vai ser
impossível. Mas vai ser o
mais rápido possível.
Nós vamos retomar o
sistema de deixar
equipes no DHPP. Vai
ficar pelo menos uma
equipe e outra de
reserva para sair junto
com as equipes do DHPP.
Se acontecer um caso,
ao mesmo tempo,
concomitante, haverá
um mecanismo para
disparar uma outra
equipe. É isso que a
gente quer. Que a
perícia chega ao local, o
mais rápido possível.
Não vou fixar, falar
exatamente 20 minutos,
ou meia hora, porque
nunca cidade como SP
não dá...
Mas foi o senhor que
falou em estipular
prazo. E isso repercutiu
porque os peritos
dizem que não tem
estrutura suficiente.
Existe um projeto que
nós analisar nos
próximos messes. O que,
emergencialmente, o
que eles precisavam era
suprir 33 cargos de
médicos legistas, e 47 de
peritos. E isso foi
autorizado prontamente
pelo governador. Fora
outros cargos que
estavam autorizados
meses atrás. Então, isso
vai permitir que o IC
tem condições, pelo
menos nesse contexto,
de dar vazão da
demanda.
Em seus discursos, o
senhor sempre frisa
questão da legalidade.
Mas está mantendo o
Celso Perioli na Polícia
Científica. Há ao menos
dois problemas nisso:
1) a Polícia Científica
contraria a lei porque
ela não está prevista na
Constituição Federal,
que trata só da PM e da
Polícia Civil nos
Estados. 2) o decreto
de criação do Instituto
de Criminalística fala
em alternância dos
poderes a cada dois
anos. Perioli está há 14
anos. Por que o senhor
o mantém? A polícia
científica não tem
ninguém capaz de
substituí-lo, porque a
alternância no poder
pode ser benéfica?
Sem dúvida, a
alternância é
republicana. Na verdade,
não queremos fazer
nada com precipitação.
Não identificamos
problemas que
justificassem uma
alteração neste primeiro
momento. O trabalho
que vem sendo
desenvolvido pela
superintendência da
polícia cientifica nos
parece satisfatório.
Atende o interesse
público. E não vimos
necessidade de focar
esse assunto.
Para o senhor, não é
problema contrariar o
decreto?
O decreto sinaliza para
isso. Mas ele não impõe
que haja uma
alternância. Quer dizer,
ele não veda que a
pessoa seja mantida. Ele
preconiza, como uma
norma programática.
Quer dizer: pode haver a
alternância.
Não vejo assim. Se
fosse uma coisa
subjetiva, livre do
próprio interesse do
governante de plantão,
não estaria explícito no
próprio decreto.
Reafirmando: na Polícia
Científica não tem
ninguém capaz de
substituí-lo?
Não vou fazer nenhum
juízo de valor dos que
estão lá. O juízo de valor
que eu faço é que, neste
momento, não vejo
como necessário,
prioritário, a mudança
da superintendência.
Isso não quer dizer que
no futuro possa haver
uma reavaliação. Mas
resultado do trabalho
que vem sendo
desenvolvido indica que
a gente deve manter. A
gente tem outras
prioridades.
No relatório da
inspeção do CNMP, que
o senhor conhece
melhor do que eu, os
promotores apontam
como dificuldade dos
trabalhos a má
qualidade da perícia em
SP. Não para dizer que
é tão boa assim.
As dificuldades, a gente
sabe que existe. A gente
tomou conhecido disso,
assim como esforços
para superar essas
deficiências. Não é algo
para dizer que a polícia
científica está perfeita.
Mas houve um grande
esforço na gestão do
doutor Celso. Nós
tivemos momentos
problemáticos, de picos
de dificuldades, que
talvez sejam o objeto
desse relatório.
O senhor fala em
fortalecer a
investigação,
corregedoria forte, mas
na sua gestão como
procurador-geral,
segundo o mesmo
relatório citado acima,
o Gecep foi
praticamente
sucateado. Havia seis
cargos de promotores
titulares que estavam
vagos. Por um período
ficaram duas
promotoras
substitutas. Não é uma
contradição hoje o
senhor falar em
combate aos maus
policiais se quando foi
procurador não
fortaleceu o órgão
responsável pelo
controle externo das
polícias?
Não é que não
fortalecemos o Gecep,
nós fortalecemos. É que
ele passou por um ciclo
de reformulação por
iniciativa nossa. Nós não
podemos obrigar o
promotor a atuar no
Gecep ou em outro
grupo. Aquilo é aberto as
promotorias, que a
avaliam a conivência de
indicar este ou aquele
promotor ou de indicar
ninguém. Por razões
várias. Não houve
nenhuma posição nossa
de enfraquecimento.
Como houve nenhuma
política de fortalecer se
não preencheram
nenhuma das seis vagas
com titulares.
Depois foram.
Apenas duas.
Duas titulares. A atuação
do Ministério Público no
Gecep é do controle da
análise dos inquéritos.
Temas da investigação.
Eu não vejo isso como
enfraquecimento porque
são as promotorias que
indicam. Não é o
procurador-geral que
indica. Se elas entendem
que deve dois
promotores, ou três
promotores, é uma
política que passa por
elas. Nós damos os
meios. O Gecep existe,
nós inclusive criamos um
cadastro de BOs, para
que isso fosse analisado
por assistentes, em
apoio aos promotores,
nós trouxemos para o
Gecep esses cadastros de
resistência seguida de
morte, como participação
de agentes do Estado,
justamente para permitir
que o Gecep fazer aquilo
que é essencial.
O trabalho que ele faz
lhe agrada? Não é visto
um trabalho desse
grupo, mesmo diante
de notícias de
corrupção e
assassinatos duas
polícias. Nunca vimos
um grande trabalho do
Ministério Público
neste sentido. É um
trabalho feito
silenciosamente ou não
existe?
Na verdade, o Gecep
atua na capital. Mas
quem poderia falar
melhor, é o procurador-
geral de Justiça. Mas até
onde eu sei...
O senhor acabou de
sair de lá. Sua memória
está fresca.
Minha experiência que
eu tinha, é uma atuação
muito integrada entre
Gecep e os Gaecos.
Muitas coisas de controle
de polícia, de corrupção,
acabavam sendo
concentradas no Gaeco.
Por isso que vc não viu
muita visibilidade de um
Gecep em si. Não quer
dizer que eles não
estejam trabalhando, é
que muitos trabalhos
estão sendo feitos em
conjunto.
Diante dessa onda de
violência há quem tema
a volta dos grupos de
extermínio formados
por policiais. O senhor
acha que eles já estão
agindo?
Nenhuma hipótese está
sendo descartada. As
investigações em cada
caso prosseguem. O
Centro Integrado de
Inteligência, como eu
disse, irá se debruçar
prioritariamente nesses
casos. Pra gente poder
saber o que de fato
aconteceu. O que posso
dizer é que providências
estão sendo tomadas e
que logo teremos
respostas de alguns
casos.
Qual a marca o senhor
quer deixar de sua
gestão?
Da atuação integrada
entre as polícias e de
forças de outras esferas
da federação. E da
aproximação da
Secretaria da Segurança
Pública com a sociedade
civil e com a
comunidade, para
formulação e execução
de política de segurança.
Essas duas marcas. Sem
abrir mão do que foi
construído até agora:
que é o combate
premente e forte à
corrupção. Precisamos
aperfeiçoar. Ouvir os
Consegs (Conselhos
Comunitários de
Segurança), ouvir as
entidades da sociedade
civil, ONGs de maneira
geral, que se ocupam
desse tema. Seria
amesquinhar a política
de segurança se não
fizesse isso. Quero
deixar essa marca sem
prejuízo de manter tudo
de bom que foi feito.
Limite para compra de imóvel com o FGTS pode subir para R$ 750 mil
Em mais uma medida
para estimular a
economia, o governo
avalia aumentar de R$
500 mil para R$ 750 mil
o valor máximo dos
imóveis que o
trabalhador pode
comprar com o seu saldo
do FGTS, tanto à vista
como financiado dentro
do SFH (Sistema
Financeiro da Habitação),
que tem juros menores.
Imóvel de até R$ 500 mil
fica mais raro e longe
em SP
Aumento de limite do
FGTS em compra de
imóvel divide opiniões
Preço de imóvel novo
teve forte alta entre
2009 e 2012 em SP; veja
valores por bairro
A medida é uma
reivindicação antiga das
construtoras e que
estava engavetada.
Segundo a Folha apurou,
nos últimos dias, porém,
ela entrou na pauta de
discussão do governo
diante da necessidade de
criar mais estímulos para
reanimar a economia.
Tecnicamente, a medida
está pronta e tem a
simpatia de Guido
Mantega (Fazenda). A
palavra final caberá a
Dilma Rousseff. Com seu
aval, o governo precisará
aprovar resolução no
CMN (Conselho
Monetário Nacional,
presidido por Mantega).
Oficialmente, o órgão diz
considerar adequado o
teto de R$ 500 mil.
Dicas para comprar um
imóvel
Uma preocupação
apontada por técnicos é
o impacto que a medida
poderá ter nos recursos
do fundo.
Mas parecer da Caixa
Econômica Federal,
gestora do FGTS,
repassado à Fazenda,
estima que só 0,2% dos
cotistas atuais se
enquadrariam na faixa
de renda compatível com
imóveis desse preço.
Além disso, os saques
adicionais para compra
de moradia foram
projetados em cerca de R
$ 700 milhões, o que
não foi considerado
nenhuma "sangria".
Em razão desse temor,
uma proposta que surgiu
foi a de elevar o valor
apenas em grandes
capitais, como São Paulo,
Rio e Brasília, onde o
preço do imóvel subiu
muito nos últimos anos,
mas há dúvidas sobre
restrições legais.
CLASSE MÉDIA
Argumenta-se que a
medida seria positiva
sobretudo para a classe
média e movimentaria
empresas com foco na
construções de moradias
mais caras que as
realizadas no Minha
Casa, Minha Vida.
Na avaliação de técnicos
do governo, a elevação
faria um universo maior
de trabalhadores ter
acesso a juros mais
baixos, mesmo que não
usem o FGTS na hora da
compra. Apesar de a taxa
máxima dos imóveis
financiados no SFH ser
de 12%, hoje, segundo o
governo, o valor cobrado
varia de 7,5% a 10,5%
ao ano.
Outra avaliação é que a
mudança permitiria uma
atuação mais forte dos
bancos privados, que
costumam financiar
imóveis de valor próximo
do teto atual de R$ 500
mil. Os financiamentos
da Caixa, principal
agente financeiro do
setor e com público alvo
de menor renda, ficam
em torno de R$ 300 mil.
Confusão em aeroporto no Brasil faz polícia reforçar segurança e time desembarca sem festa
O Corinthians desembarcou com
tranquilidade no aeroporto de
Narita, na quinta-feira às 18h local
(5h da madrugada de Brasília). Isso
porque a polícia reforçou a
segurança no local, impedindo
movimentação de torcedores. Cerca
de 50 corintianos tentaram ver os
atletas.
As imagens dos incidentes ocorridos
em Guarulhos foram apresentadas
durante toda a quarta-feira nos
noticiários do Japão. Os poucos
corintianos presentes foram
obrigados a encerrar o festejo assim
que os jogadores apareceram no
saguão.
Os atletas seguirão de trem bala
para Nagoya, onde ficarão
hospedado até o dia 13. Os treinos
e a estreia no Mundial de Clubes
acontecem em Toyota, cidade
próxima a Nagoya. O primeiro
trabalho em solo japonês será nesta
sexta às 11h local (0h de sexta em
Brasília).
“Passou direto o problema que teve
no Brasil. Não deu para ver direito,
mas valeu”, contou Renato Santos,
brasileiro radicado no Japão e que
trouxe os filhos para saudar os
corintianos.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Vencedoras do concurso Miss Bumbum são flagradas aos beijos em alto mar
O mistério do romance nos bastidores do concurso Miss Bumbum chegou ao fim. Andressa Urach, ex-latinete e segunda colocada no concurso, foi flagrada aos beijos com Camila Vernaglia, que também foi uma das participantes e acabou como a terceira colocada. As fotos do flagra foram publicadas na coluna "Retratos da Vida" do jornal "Extra" desta quarta-feira (5).
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Filme revela os segredos mais bem guardados da caça a Bin Laden
As torturas,
os subornos, a espionagem
tradicional e a vigilância eletrônica
são alguns dos segredos mais bem
guardados da operação militar que
matou Osama bin Laden e que são
revelados em "Zero Dark Thirty", o
último filme da diretora Kathryn
Bigelow.
Baseada em entrevistas com as
pessoas envolvidas na operação e em
documentação exaustiva, a obra,
que estreará no dia 19 de dezembro
nos Estados Unidos, capta a
complexidade moral e psicológica de
uma missão quase impossível que
começou após os atentados do dia 11
de setembro de 2001 e concluiu em
2011 graças ao trabalho de uma
pequena equipe da CIA.
"Nos últimos dez anos todos se
centraram na busca de um único
homem, Bin Laden. O dia de sua
execução mais do que uma vitória
foi uma conquista, um objetivo
mundial", afirmou nesta terça-feira
a vencedora de um Oscar, durante a
apresentação do filme para a
imprensa em Nova York.
Apesar do final ser conhecido de
todos, "Zero Dark Thirty", rodado
principalmente no norte da Índia, é
comovente porque narra com
grande minúcia o trabalho de
rastreamento realizado pelo serviço
de inteligência, cujos membros foram
retratados como autênticos heróis.
Segundo destacou Bigelow, este filme
fica entre a reportagem e o
documentário, e é interessante
porque a narração é muito
específica, o que dá grande dose de
realidade à história.
No nível interpretativo, o peso fica
para a personagem de Maya, vivida
pela atriz Jessica Chastain, baseado
na história real de uma jovem agente
da CIA, cuja inteligência,
perseverança e personalidade
permitem localizar Bin Laden.
"O filme retrata o sacrifício de Maya
ao serviço de seu trabalho, com o
qual conseguiu matar Bin Laden",
afirmou a atriz, confessando se
sentir orgulhosa de interpretar um
papel feminino com tanta força.
Por sua vez, a diretora louvou o
trabalho de Chastain, de quem disse
que possui uma "grande
intensidade" com a qual consegue
canalizar a profundidade e os
matizes de cada cena.
No elenco também figuram nomes
como Jason Clarke, Kyle Chandler,
Schott Adkins, Joel Edgerton, Mark
Strong, Taylor Kinney, Jennifer Ehle
e Édgar Ramirez.
Antes da estreia, "Zero Dark Thirty"
já gerou polêmica, pois foi
considerado como propaganda do
Governo de Barack Obama. De fato o
Partido Republicano acusou o
Governo de vazar informação
classificada sobre a morte do líder
da Al Qaeda aos cineastas com fins
eleitorais.
Devido a estas acusações, a
produtora decidiu atrasar a estreia
do filme de Bigelow até depois das
eleições presidenciais americanas.
Muitos analistas concordam em
assinalar que o novo filme de
Bigelow está entre as apostas para a
próxima edição dos prêmios Oscar.
De fato, o Círculo de Críticos
Cinematográficos de Nova York já
elegeu "Zero Dark Thirty" como o
melhor filme e Bigelow como a
melhor diretora do ano.