sexta-feira, 30 de março de 2012

Fúria de Titãs 2 chega aos cinemas da cidade


Fúria de Titãs 2. Imagem: Warner Bros/ Divulgação
Warner Bros/ Divulgação

Labaredas gigantes, explosões, poeira, muita poeira e, assim, ao invés de sangue, pó. Claro, em Fúria de titãs 2, os Deuses não morrem, esfarelam. A continuação da saga do semideus Perseus (Sam Worthington) é mais um exemplar do gênero muito barulho por nada. Não há emoção. Não há aventura e muito menos algo consistente sobre mitologia.

A história se passa 10 anos depois da trama do primeiro filme. Desta vez, o herói é praticamente forçado a abrir mão da vida de pai dedicado e pescador de aldeia, para retomar a batalha contra os titãs. Diferentemente da versão de 2010, a continuação foi rodada diretamente em 3D.

Não é exagero dizer que o diretor Jonathan Liebesman brinca com os reflexos do espectador. São tantas pedras voando, faíscas e até fragmentos de monstros, que a experiência tridimensional perde a graça. Aliás, os efeitos visuais merecem destaque. E só. Conferida a potência tecnológica, tudo fica banal. Ou melhor, exagerado.

Assim, o grau de empolgação é bem baixo em Fúria de titãs 2. O roteiro é um problema. Quem perdeu o primeiro filme corre o risco de boiar. A continuação explica rapidamente quais foram as razões que levaram Perseus a abandonar a vida de guerreiro (o amor pelo filho), o que o leva a retomar (a tentativa de salvar o pai). A razão de tanta discórdia e matança fica no ar. O possível flerte entre Perseus e Andromeda (Rosamund Pike) também não convence.

Em um longa que tem como mote Deuses gregos com poderes minguando pela falta de crença dos humanos, os personagens são tão opacos, que fica difícil acreditar. Sejam Deuses ou humanos. Nem Liam Neeson (como Zeus) e Ralph Fiennes (como Hades), em boas atuações, conseguem salvar o todo. Fúria de titãs 2 é uma opção para quem gosta de ver explosão no cinema. E olhe lá.

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