Agentes da Companhia Independente de Policiamento Ambiental (CIPA)
realizam ronda
Subiu para 29 o número de mortos na Bahia devido à violência que
assola o Estado desde que a Polícia Militar entrou em greve. O dado
consta no último balanço da Secretaria de Segurança da Bahia que
contabiliza os homicídios ocorridos entre a 0h de sexta-feira (3) e as
7h deste sábado (4).
A secretaria de comunicação do governo da Bahia afirmou que as Forças
Armadas e a Força Nacional disponibilizaram cerca de 3.000 militares
para ajudar a garantir a segurança em Salvador e principais cidades do
interior baiano por conta da greve de parte dos policiais militares.
A madrugada de sexta foi a mais violenta desde o começo da
paralisação, no começo da semana. Ainda segundo o governo estadual, já
estão no Estado 2.350 homens das forças estaduais e, no hoje,
desembarcarão mais 600 militares.
O governador JaquesWagner (PT) lembrou, em pronunciamento em rede de
rádio e TV, que a paralisação já foi considerada ilegal pela Justiça,
e afirmou que o governo sempre esteve aberto à negociação. "Não
podemos conviver com um movimento decretado ilegal pela Justiça
baiana. Além disso, 12 mandados de prisão já foram emitidos", afirmou,
sem dar detalhes sobre os mandados citados.
Ele prometeu continuar trabalhando para melhorar as condições de
trabalho dos policiais. "Mas não aceito que um pequeno grupo cometa
desordem. Continuarei firme na defesa da paz. A Polícia Militar da
Bahia não pode ser transformada em um instrumento de desordem."
Violência
No final da tarde de ontem, a sede da Associação dos Policiais,
Bombeiros e dos seus Familiares da Bahia (Aspra), em Salvador, foi
fechada por determinação da juíza Janete Fadul de Oliveira, do Plantão
Judiciário, que acatou pedido do Ministério Público.
Marcos Prisco, líder grevista da Aspra, acampado na Assembleia
Legislativa da Bahia desde o início da greve, concedeu uma coletiva
ontem com colete à prova de balas.
O clima de apreensão devido às ações de vândalos se manteve durante
toda a sexta-feira. Quatro caminhões, dois supermercados e uma
farmácia foram saqueados no bairro da Mata Escura, na capital. No
bairro de Pirajá, também na periferia de Salvador, os comerciantes
resolveram fechar as portas mais cedo, após uma onda de saques aos
estabelecimentos do bairro.
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