quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Lulas voadoras são flagradas no Brasil É um pássaro? É um avião? Não, são lulas! Esses pequenos cefalópodes não apenas exploram o fundo do mar, mas também arriscam pequenos voos acima da superfície.

Lulas voadoras foram fotografadas em águas brasileiras (Fonte da imagem: Discovery News)

Parem o mundo! Agora tudo ficou mais sério: os cefalópodes conhecidos como lulas não são capazes de apenas nadar, mas também de voar por um curto período de tempo. De acordo com a Discovery, esses animais aceleram seus corpos em alta velocidade em direção à superfície, esguichando água para fora de seu corpo.

E isso não é apenas um salto para a fora d'água, como fazem golfinhos e baleias. "Quando estão voando, esses animais se movem cinco vezes mais rápido do que quando estão nadando", explicou o especialista em cefalópodes Ronald O'Dor, da Dalhousie University, no Canadá, para a rede de notícias americana.

Análises da eficiência aerodinâmica desses animais sugerem que as lulas podem ter desenvolvido essa habilidade não apenas para escapar de predadores, mas também como forma de economizarem energia durante períodos de migração.

Brasil, o país das lulas voadoras


(Fonte da imagem: Discovery News)

A primeira evidência desse comportamento foi registrado por turistas brasileiros a bordo de um cruzeiro, em 2010. As imagens foram minuciosamente analisadas e os resultados comparados por biólogos que já tinham ciência sobre essa habilidade da lula voadora.

O trabalho foi facilitado pelo fato de que as fotografias terem sido capturadas com um intervalo pré-definido de tempo entre elas. Dessa forma, os cientistas conseguiram calcular a velocidade e a aceleração não apenas da Sthenoteuthis pteropus, fotografada em águas brasileiras, mas também de outras duas espécies: Dosidicus gigas e Loligo opalescens.

A equipe de pesquisa acredita que esses animais costumam voar durante a noite, já que espécies criadas em tanques não costumam pular para fora caso uma luz estivesse acesa. Mas para ter certeza, será necessário inserir pequenos identificadores nas espécies, que possam monitorar o comportamento e a fisiologia dos cefalópodes em questão na natureza.



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