segunda-feira, 5 de março de 2012

Explosão em depósito de armas no Congo mata 200

erca de 200 pessoas morreram no domingo, quando um depósito de armas
explodiu em Brazzaville, destruindo um bairro próximo ao depósito da
capital da República do Congo, segundo relatos de médicos e
autoridades locais.
Outras duzentas pessoas foram feridas pela explosão que sacudiu a
capital por volta das oito da manhã (horário local), destruindo casas
próximas ao local e deixando uma nuvem de fumaça que podia ser vista
por toda a cidade.

"Vi uma pessoa com os intestinos para fora, sendo carregada para o
hospital. Ela tinha sido atingida por uma bomba," disse uma testemunha
à Reuters, quando estava saindo da área da explosão.

Uma igreja próxima ao local e que estava lotada de fiéis, desabou,
disse uma testemunha.Cadáveres, muitos queimados ou com partes do
corpo faltando, foram carregados para o necrotério principal da
cidade, disse um repórter da Reuters que estava do lado de fora do
prédio. Autoridades presentes ao local disseram que já tinham contado
136 corpos até o meio da tarde.
Muitos outros corpos ainda estavam espalhados pelo local da explosão,
disse um soldado. Parentes dos mortos se reuniram na frente do
hospital chorando aflitos, enquanto outros vinham em busca de
familiares que estavam perdidos no meio do caos.

Um assessor do gabinete do presidente, Betu Bangana disse à Reuters:
"De acordo com fontes do hospital central, estamos falando de cerca de
200 mortos e muitos feridos."

"Algumas pessoas ainda estão presas nas suas casas... Dizem que todo o
bairro de Mpila foi destruído."

O pânico se espalhou por Kinhasa, a 4 quilômetros de distância, do Rio
Congo, que separa a ex-colônia francesa da República do Congo da
República Democrática do Congo. A explosão foi tão forte que quebrou
janelas da cidade vizinha.

Os dois governos pediram calma à população.

O ministro da Defesa da República do Congo, Charles Zacharie Bowao,
rapidamente descartou qualquer boato de atentado de golpe de Estado ou
motim, e disse à radio estatal que as explosões foram resultado de um
incêndio no depósito de armas na base militar Regiment Blinde, perto
do centro da cidade.

Moradores fugiram rapidamente de Mpila, normalmente um bairro
densamente povoado, à medida que uma série de explosões menores
sacudia o local, disse uma testemunha à Reuters. Uma coluna de fumaça
cinza ainda pairava sobre a cidade horas depois da explosão, quando um
helicóptero militar sobrevoou a área.

O repórter disse que a base e o bairro vizinho pareciam uma zona de
guerra. Muitos edifícios estavam destruídos, queimados ou muito
danificados e algumas labaredas ainda podiam ser vistas entre os
escombros.

A TV local entrevistou médicos dizendo que eles precisavam fazer uma
triagem para decidir quem seria operado primeiro. Ela também
transmitiu um apelo para que todo o efetivo médico da cidade se
apresentasse para trabalhar.

Uma missa na catedral de Brazzaville a cerca de 4 km de distância foi
abandonada quando o edifício começou a tremer.

A República do Congo, país produtor de petróleo, tem sofrido com
golpes de estado e uma guerra civil desde a sua independência da
França, em 1960. Porém desde que o Presidente Denis Sassou-Nguesso
assumiu o poder num golpe de estado em 1997, tem vivido um período
relativamente pacífico.

O assessor presidencial Bangana disse que Sassou-Nguesso não foi
ferido pelas explosões.

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